|
Sala De Armas - 2ªed
Pinon, Nelida
Record
59,90
Sob encomenda 11 dias
|
Nélida Piñon revisita os labirintos da memória e da identidade nos dezesseis contos marcantes de Sala de armas, obra essencial da literatura brasileira, agora em nova edição. Sala de armas, de Nélida Piñon, não é um paiol ou depósito que abriga baion etas, fuzis, metralhadoras, granadas ou qualquer outro armamento de guerra. O poder bélico de Nélida é a palavra, e nesta Sala está sua artilharia pesada, que envolve o amor, o poder, a crueldade, a violência, a tristeza, a poesia, o grotesco, o triu nfo da mulher, a ternura, a alegria, o erótico, os conflitos humanos.É nesse ambiente de força centrípeta que a escritora convoca o leitor a dialogar e duelar consigo. Nas dezesseis histórias aqui reunidas, Nélida utiliza com maestria sua linguagem p erturbadora de condensada beleza que atinge com rara precisão o coração de quem enfrenta suas linhas. Nesses contos que fascinam, temos a promiscuidade e a redenção reunidas; o sultão que, diante da escravidão do poder, se debate com a insuportável l iberdade do pássaro; as metamorfoses de Eleusis, que “tinha o hábito de morrer”; a filha única que rasteja como cobra. E Nélida impacta o leitor quando o texto busca subverter valores, tradições, convenções, e não obedece às pautas sociais, como no c onto “Cortejo do Divino”, em que a exaltação do amor desafia a ira de toda a cidade e o homem termina por arrancar os próprios olhos com um garfo. O conto “A colheita”, por sua vez, é considerado por Miguel Sanches Neto “uma das obras-primas da liter atura de língua portuguesa”. E temos ainda a poética de “Luz”: “Luz era de bronze. Derretia quando eu lhe dizia minha Luz. Minhas palavras eram seu encanto, ela sempre confirmava. E eu lhe disse, amo-te, estou perdido em tuas cavernas.” Nélida Piñon é a encarnação do verbo com inesgotável poder de criação. “Há símbolos a decifrar, máscaras a revelar; o que encontramos é um exercício intelectual intenso, quase absorvente, mas sustentado por uma linguagem de rara precisão.” – Clarín“Talento, imagi nação e poesia são as constantes desses dezesseis contos.” – La Nación
|
|
|