Tempo Fechado: Capitalismo E Colapso Ecologico

Luedy, Laura
Boitempo Editorial

37,00

Sob encomenda
22 dias


Não é de hoje que a ciência faz previsões alarmantes em relação ao cenário ecológico desenhado pelo modo de produção dominante ao redor do mundo. Só mais recentemente, porém, as evidências disso têm se imposto à nossa experiência sensível mais cotid iana. Tempo fechado: capitalismo e colapso ecológico, obra organizada pela socióloga marxista Laura Luedy, traz ao público dez textos inéditos de diferentes pensadoras e pensadores que tratam da questão indo à sua raiz. Suas reflexões vão além das ab ordagens do ambientalismo mainstream e colocam o dedo na ferida do capitalismo. Afinal, é possível evitar o colapso ecológico planetário sem desmontar o arranjo social que governa nossa relação com a natureza? A liderança indígena Alessandra Korap Munduruku inicia o debate refletindo sobre a luta de sua comunidade contra as investidas de grandes empresas e do Estado sobre seus territórios. Michael Löwy nos apresenta o ecossocialismo como um movimento em construção, ao passo que a contribuição pioneira do feminismo socialista para esse movimento é representada pelo texto de Ariel Salleh. Na sequência, Sabrina Fernandes discorre sobre soberania alimentar e resiliência socioecológica, e Maikel da Silveira retrata uma da iniciativas que se ap roximam desse paradigma no Brasil, a Teia dos Povos, a partir da perspectiva de uma de suas lideranças. As continuidades entre as lavouras escravagistas do século XVII, a agroindústria contemporânea e os discursos e práticas nas áreas naturais de p roteção integral são o objeto do texto de Guilherme Fagundes. Já João Telésforo escolhe tratar das armadilhas por trás dos chamados investimentos ESG, as finanças ambiental e socialmente sustentáveis, enquanto Jean Miguel se debruça sobre os sentidos do negacionismo climático hoje. Fechando as discussões com o retorno à contribuição de Marx no diagnóstico da relação entre capitalismo e colapso ecológico, Eduardo Sá Barreto defende que essa dinâmica econômica não se conterá ante limites ecológico s ou políticos, seguido pelo texto de Natan Oliveira, que nos apresenta os estudos que Marx fez das ciências naturais. Com perspectivas que se complementam e partem de experiências das lutas indígenas, negra, feminista e socialista, os textos que c ompõe Tempo fechado vão além do diagnóstico e nos apontam caminhos possíveis para atravessar a nebulosa questão da emergência climática.
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