Vozes Do Silencio

Sa, Nathalia Araujo De
Appris

110,00

Sob encomenda
17 dias


Vozes do Silêncio — ser negro com deficiência no ensino fundamental por estudantes negros com deficiência e suas famílias foi motivado pela invisibilidade de teorizações acerca desse tema nos estudos de Educação Especial, no Brasil, como política púb lica de educação inclusiva. Considerou-se, portanto, neste trabalho, a intersecção dessas duas categorias cruzadas por entender que a produção do fenômeno da deficiência tem implicações biopsicossociais que podem ter como consequência imediata difere ntes concepções sobre a deficiência e, como ponto de inflexão, o sujeito negro. Dessa maneira, a ideia deste livro é provocar a reflexão dos leitores sobre a escassez de um discurso, a esse nível, elaborado pelo negro, acerca de si mesmo, sobre o que é ser negro com deficiência na escola, além de expor a experiência do racismo estrutural vivenciado por eles e seus respectivos familiares nas relações sociais que acontecem dentro da escola. Neste sentido, o livro apresenta como característica basi lar elucidar como a escassez dessas discussões no contexto escolar dificulta novas compreensões sobre os objetivos e práticas pedagógicas da Educação Especial no ensino regular, atravessado por contradições sociais e pelo esvaziamento das especificid ades desta temática como campo de saber para os profissionais da Educação. Portanto, esse foi o desafio a que me propus a escrever este trabalho, por entender que observações e informações de profissionais especializados na Educação Especial sobre a deficiência precisam encontrar o seu lugar interseccionado com as questões que constituem o sujeito, em especial, os estudantes negros com deficiência na escola. Não obstante, este livro é um despertar para o leitor das discussões interseccionais sob re ser negro com deficiência, a partir das vozes e da escuta desses sujeitos negros com deficiência e seus familiares, desvelando o custo de tornar-se negro com deficiência em uma sociedade que tem a branquitude e não a deficiência como prerrogativa de beleza, existência, experiência de vida e humanidade. Por fim, este trabalho é uma forma de agradecimento e redenção para esta autora negra que, por falta de referências positivas e protagonismo negro na escola, em algum momento do seu passado esc olar, desejou não ser negra.
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